Na semana do Dia Mundial da Ópera, Theatro São Pedro apresenta espetáculos inéditos

Na semana em que é celebrado o Dia Mundial da Ópera (25 de outubro), o Theatro São Pedro, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerido pela Santa Marcelina Cultura, apresenta as obras deste ano do Atelier de Composição Lírica, projeto que aproxima a nova geração de músicos e escritores e mostra ao público os novos caminhos da ópera nacional.

As récitas dos dias 26 e 27 de outubro trarão as óperas Aqui, uma ópera (composição de Yugo Sano Mani e libreto de Dante Passarelli), Coro dos que não desistem nunca (composição deGustavo Bonin e libreto de Artur Kon) e Dança da morte (composição de Maria Rosa Argandoña Tanganelli e libreto de Luísa Tarzia).

Com o objetivo de fomentar a composição de obras operísticas inéditas, o Atelier de Composição Lírica do Theatro São Pedro é uma iniciativa única no Brasil que disponibiliza um programa de formação com professores referências no gênero, resultando na criação e apresentação dos espetáculos na Temporada Lírica do Theatro São Pedro. Dessa forma, o Atelier oferece aos participantes atividades teóricas, práticas e uma perspectiva da ópera na contemporaneidade, preparando-os para debaterem e pensarem a respeito do desenvolvimento da linguagem operística.

Realizado anualmente e com edital disponível no site do Theatro São Pedro, o programa conta com um total de seis vagas, sendo 3 para libretistas e 3 para compositores. Além disso, para promover a equidade de gênero no espaço criativo, o edital reserva, no mínimo, duas vagas para candidatas mulheres.

As obras de 2024 

Para a diretora cênica Ana Vanessa, neste ano o público pode aguardar um espetáculo que vai trazer reflexões sobre o ser humano no seu limite, seja pela guerra, pelo excesso de trabalho ou pela escassez do básico para a sobrevivência.

Aqui, uma ópera tem como tema central uma guerra e como pessoas ligadas a ela, direta e indiretamente, são afetadas. Coro dos que não desistem nunca trata de uma ideologia de produtividade no trabalho, através de um texto que se repete e se transforma a cada repetição como uma espiral, tal qual o modo de vida que levamos. Dança da Morte relembra o primeiro caso registrado de histeria coletiva na Idade Média, quando uma mulher, afetada pela fome e pela peste, começa a dançar e outros se juntam a ela e assim permanecem sem comer, beber e dormir, levando a um fim trágico”, explica Ana Vanessa.

Sob a perspectiva da música, Maíra Ferreira, diretora musical do Atelier de Composição Lírica em 2024, destaca o fato de como os compositores utilizam a orquestra de maneiras diferentes. “Enquanto em uma obra a orquestra terá a função maior de acompanhar os cantores, dando suporte harmônico, criando climas e o ‘chão’ para os solistas, em outras serão criados efeitos, atmosferas, procurando reforçar elementos que estão no texto através da escrita musical. Nosso desafio é aproveitar essas diferenças e criar sentido para elas em conjunto, respeitando a identidade de cada escrita”, aponta a regente, que valoriza as oportunidades promovidas pelo Atelier para novos compositores e libretistas de ópera.

Nesse sentido, a diretora cênica Ana Vanessa salienta que não há nenhum outro projeto responsável pela formação de novos libretistas e compositores no Brasil, ainda mais com a oportunidade de ter as obras encenadas, registradas e eternizadas. “Contamos histórias através da arte há milênios e no nosso país temos o costume de encenar óperas de 300 a 100 anos atrás, de outros países e em outras línguas. É importante para a memória nacional ter artistas contemporâneos e locais contando sua visão de mundo, seja sobre o passado, o que acontece agora ou trazendo perspectivas para o futuro. É um privilégio para mim poder participar dessa formação e poder encenar essas obras inéditas”, diz.

O espetáculo tem direção musical de Maíra Ferreira, que comanda a Orquestra do Theatro São Pedro, direção cênica de Ana Vanessa, cenografia de Giorgia Massetani, figurino de Danielle Tereza, iluminação de Kuka Batista e visagismo de Elisani. O elenco é formado pelos cantores Manuela Freua (soprano), Laiana Oliveira (soprano) e Marcelo Ferreira (barítono). Os ingressos custam entre R$ 40 e R$ 120 e podem ser adquiridos aqui

Transmissão ao vivo

A récita de 26 de outubro, sábado, às 20h, será transmitida ao vivo gratuitamente pelo canal de YouTube do Theatro São Pedro, aqui

ATELIER DE COMPOSIÇÃO LÍRICA DO THEATRO SÃO PEDRO 

Aqui, uma ópera 

Yugo Sano Mani (composição) e Dante Passarelli (libreto)

[ópera dedicada à Orquestra do Theatro São Pedro]

Coro dos que não desistem nunca 

Gustavo Bonin (composição) e Artur Kon (libreto)

Dança da morte 

Maria Rosa Argandoña Tanganelli (composição) e Luísa Tarzia (libreto)

ORQUESTRA DO THEATRO SÃO PEDRO  
 
Maíra Ferreira, direção musical

Ana Vanessa, direção cênica

Giorgia Massetani, cenografia

Kuka Batista, iluminação

Danielle Tereza, figurino

Elisani, visagismo

Paulo Galvão, assistente de direção musical

Manuela Freua, cantora solista

Laiana Oliveira, cantora solista

Marcelo Ferreira, cantor solista

Ensaio geral aberto e gratuito: 24 de outubro, quinta-feira, 19hTheatro São Pedro

Récitas: 26 e 27 de outubro,

Sábado, às 11h; domingo, às 17h

Local: Theatro São Pedro (R. Barra Funda, 171 – São Paulo/SP)
 

Ingressos: Plateia: R$ 120/ R$ 60 (meia)
1º Balcão: R$ 100 / R$ 50 (meia)
2º Balcão: R$ 80 / R$ 40 (meia)

aqui

Classificação etária: 14 anos

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